quinta-feira, 22 de julho de 2010

Retratos do nosso tempo


Eu não sei o que faria sem você. Só você me considera; seja do jeito que for é você, o meu abrigo, o meu retiro, a minha proteção quando meu mundo desaba.
Venho guardando retratos,
bilhetes, folhas,
arquivando conversas
e fico às vezes a rever algumas dessas coisas.
Sinto cheiro de saudade desse nosso tempo que vai passando
Visualizo o futuro amarelado de nossas fotografias,
o esfarelar dos papéis
Só não poderei eu sentir a frieza de nossa amizade,
mesmo que haja separação pela distancia
está tudo arquivado na minha memória,
no meu peito fechado e você lá dentro.
Meu baú de recordações
são risos, choros e emoções
que me constroem.


PROJETO SÍLABA TÔNICA 8ª edição

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Quando que isso pára?


Sinta a acomodação.
Veja bem esses supérfulos que esparaman-se como barraços daninhos pela tua vida, e pare! Pare de assentir a tudo que é novo, que é moda e é clichê.
Adaptar-se é mais fácil que se opor, não é mesmo?
A bunda pesa na cadeira e você faz de tudo para ficar ali ao deleite do comodismo, e não ir dar uma volta, ver o sol, sentir o vento...porque está passando aquele programinha na tv, ou tem que olhar o orkut, entrar no msn, ver aquela revista de moda e quem sabe depois você vá fazer um pouco de exercício na esteira elétrica, na sala. E fica ali, não sai de casa e priva-se de ações simples que foram sendo subjugadas e deixadas de lado por causa do computador, da tv, dos videos games...
Diga-me, você já parou e olhou para o céu hoje? Abriu a janela desse ergástulo ao qual você vai incumbindo -se mais a cada dia ?
É talvez sim, ou não.
Passam dias, meses, anos e a sociedade infesta-se de modernismos que envolvem a
s pessoas, o trabalho delas, o lazer e extinguem ações simples, que são substituidas, olvidadas por novidades que se fecham como um cerco em torno de nós.
É doentio, esse ritmo a que estamos expostos cada vez mais rápido, tudo acontece tão brevemente e as coisas estão tão mais perto e interligadas umas nas outras.
O ritmo do teu cotidiano aumenta, porque tudo está mais prático, fácil, mas você diminui, e não se dá conta. Fica branco desbotado, faz menos exercício e não tem resistência física, a não ser nos dedos das mãos por causa da digitação.
Assolado nesse meio acomodativo o qual vai adotando pra d
iminuir esforços, poupar tempo pra pra poder gasta-lo com u
ma nova tecnologia que está nas prateleiras do shoping.